11/14/2006

Online.



falas, tens a presença adulterada,
és costas em cadeira recuada,
pavorosas pontas, afunilados dedos,
clicantes que não esperam.

Solenes passos tecnológicos,
avanços firmes.

gnoses de sapo anacoreta,
engordando calorias de asceta.

Nestes tempos de palavra,
luares fingidos,
teclados.
És vento sem pó,
receoso eléctrico,
parco sistema de afecto.

Saí de ti reciclada,
a verdade soletrada.
O grito de silêncio
que arremete,
na tua boca fechada,
as vocais de falsete.

Do que és em escuridão,
pena, dúbio sentido
de espera.
De ti ao mar,
a imensidão,
de um caminho flectido.
ilusão de matar
o que sobra,
em tua fonte,
a quimera.

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