9/20/2006

Para mim, a primeira lição agostiniana: se não se provou no mundo nada para além da matemática e se essa, inbuditavel e consecutivamente se prova diariamente com mais força do que no dia anterior e no outro antes desse, então vamos admitir que temos também matemático. Porque matemática sem matemático não faz sentido não é assim? Tudo bem, faz sentido para os japoneses, com o seu zen transcendente que admite a não causa do tudo, o que se pensarmos racionalmente nos remete para o nada, o que, seguindo essa ordem de ideias, dizia essa ordem racional, nos remete ainda para a existência de dois universos no mínimo, o tudo e o nada, cuja fronteira por conseguinte, ou lá não está ou não a vemos. O que nos remete para o logos, que me foi comunicado ser o verbo que a Igreja Católica quis ver a arquitectar o mundo mas que na verdade não é verbo, é lógica, e avança, segundo a segundo, pedra a pedra. Que essa lógica possa não ter lógica nenhuma e que, a sua falta (de lógica) a torne na mais ordenada construção racional, e irracional, ao mesmo tempo, essa é outra conversa. Porque se pensarmos bem, o ponto de onde nasce toda a geometria é um ponto sem dimensão, espaço, tempo, forma, exactamente toda a infinidade de realidades geométricas com excepção dele mesmo, o ponto, pai de todas as outras.
Mas não compliquemos por agora. Leiam Agostinho da Silva. Porque são ou querem ser, e porque são sendo portugueses, logo também tudo o que existe no mundo sobre a forma de país, grupo, terra ou gente. Leiam-no. E já agora depositem uma vista de olhos no que for meu, se vos apetecer, senão tiverem nada que preferissem estar a fazer nessa altura. Se tiverem façam-no porque de certeza vos irá enobrecer. Ponto final.

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